no meio da tempestade.

A quantidade de erros que cometi quase me fizeram desistir. Fizeram-me afundar num oceano de dor onde nunca pensei que fosse capaz de emergir, sinceramente pensei que não merecesse emergir, mas aqui estou e fi-lo porque a vida assim obriga, só temos que obedecer á ideia de nos darmos segundas oportunidades.

Habituei-me a sorrir sem culpa, sem me sentir atacada pelas memórias do passado que me faziam voltar ao estado de angústia em que já estive, em que achei que merecesse estar. Esse doloroso processo levou-me a algo grandioso, a uma lição que me educou em muitos sentidos.

No meio da tempestade existe algo interessante, nunca sais dela da mesma forma que entraste; entras nela com nada, dentro dela sentes-te pior e no momento em que por fim decides sair dela, sais com algo que te vai ajudar a ser mais resiliente quando, eventualmente, a próxima tempestade chegar.

Essa é a terrível beleza da vida que implica que passes pela dor, pelas circunstâncias aflitivas, pelo medo e desespero, pelas tuas próprias falhas para que depois de aprenderes, tenhas uma vantagem (que poucos têm, não porque não a queiram mas porque o conforto dá-lhes mais segurança que o crescimento alguma vez daria).

Crescer dói, mas é mais gratificante receberes o valor dessa recompensa do que teres uma vida de arrependimentos e de e se(s)? Eu não quero olhar para trás e pensar e se? O meu novo maior medo é esse mesmo, olhar para trás e querer voltar. Não queiras voltar.

Pega em ti e sacode o pó, reconhece o teu erro mas evolui, não fiques por aí.

A tempestade vai-te abalar mas melhor que isso, vai-te ajudar a ser melhor, a crescer.