a épica era de 2020.
- Andreia Imperial
- 19 de jan. de 2021
- 2 min de leitura
Sobre a pandemia, o que eu tenho a dizer é que já aprendi com tudo o que ela trouxe, mas se for para continuar a aprender, então não há nada que possa fazer.
Sobre a pandemia, o que eu tenho a dizer é que como sociedade, não estamos nem nunca iremos realmente estar preparados para surpresas como estas, que chegam sem qualquer suspeita da nossa parte. Digo também que como sociedade, não seremos tão cedo capazes de agir como uma unidade ou com a empatia necessária para que então vidas sejam poupadas.
Apesar de tudo, inclusive a era monumental de 2020, permaneço fiel à convicção de que nada acontece sem qualquer tipo de finalidade. O acaso é uma ilusão e tudo realmente advém por um motivo, seja ele qual for. Não convém culpar o vírus pelas nossas irresponsabilidades, muito menos pelo que com ele levou e pelas almas que ele levou. Até porque a vida e a morte andam de mãos dadas, a qualquer momento uma sussura à outra e o fado se sucede.
Sim é um virus, mas também é a vida que acontece. Ninguém podia adivinhar o caos que veio com a era de 2020. A tal era que nos sacudiu, acordou e ainda nos obrigou a viver o desconforto que existe na prisão da inexistência do toque. Foi uma viagem tanto épica como enfadonha. Fez-me olhar para mim mesma e ver a capacidade que existe em ti. Se não fosse o que até hoje aconteceu e se perdeu, não teria aprendido a viver assim.
Vê a vida tão urgente ao ponto de fazeres do hoje o teu amanhã; da coragem o teu braço direito e do arrependimento o teu maior inimigo. A minha avó costuma ocasionalmente dizer que "para morrer, só precisamos estar vivos" portanto antes de morrer, faz questão de viver.

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